Notícias

Velocidade máxima (declarada) é de 145 km/h, mas motor vibra demais nessa condição Divulgação (Foto: Divulgação)

Mototeste

10 fatos sobre a nova BMW G 310GS

O que você precisa saber sobre a pequena trail que, finalmente, chega às concessionárias brasileiras por R$ 24.900


Arthur Caldeira / Agência Infomoto

Agência Infomoto

21/03/2018 14h25

A BMW G 310 GS finalmente chegou às concessionárias da marca com preço sugerido de R$ 24.900. Apresentada em 2016 no exterior, a pequena trail da marca alemã deu as caras no Salão Duas Rodas 2017 e desembarca só agora no Brasil. Provavelmente, você não aguenta mais ouvir falar da “Baby GS”. Para facilitar a sua vida fizemos uma lista com 10 características que você precisa saber sobre o principal lançamento da BMW neste ano. Confira!

1 – Motor de um cilindro, 313 cc e 34 cv – O cilindro “invertido” tem arrefecimento líquido e comando duplo no cabeçote (DOHC) com quatro válvulas. Configuração que faz os giros crescerem rapidamente e privilegia o desempenho em alta rotação, como demonstra a potência de 34 cv a 9.500 rpm. Muitos desdenham, dizendo que é pouca cavalaria pelo preço elevado de uma 300cc, mas, na prática, é o suficiente para manter 120 km/h com o motor a 8.000 giros – nessas condições a vibração típica dos monocilíndricos incomoda um pouco. Só como comparação, a Honda XRE 300 tem 25,4 cv e a Yamaha Tenere 250, 21 cv. Ou seja, o desempenho – e o preço – da “Baby GS” é superior aos dois modelos.

2 – Câmbio de seis marchas – Para aproveitar o desempenho em altos giros a BMW adotou o câmbio de seis velocidades. Mesmo assim, em sexta marcha, tem-se a impressão de que o motor teria força para uma relação mais longa. Dessa forma o motor giraria menos e também vibraria menos. Mas isso sacrificaria o bom torque em baixos giros, o que ajuda a rodar na cidade sem cambiar muito e também a enfrentar trechos off-road. Como o Brasil é um dos principais mercados da G 310 GS, seu sistema de injeção funciona bem com nossa gasolina misturada a etanol.

3 – Velocidade máxima: 145 km/h – Esse é o valor divulgado oficialmente pela BMW. Na prática, atingi 158 km/h no painel, mas em uma descida e “esgoelando” o motor, que responde com vibração excessiva. O ideal mesmo é rodar a 120 km/h com alguma folga para ultrapassagens.

4 – Quadro em treliça e baixo peso – O conjunto ciclístico da pequena GS é adequado a sua proposta de ser uma moto urbana que também encara uma viagem. O quadro em treliça tem o motor fazendo parte da estrutura e as rodas são de liga-leve, o que resultou no baixo peso de 169,5 kg em ordem de marcha. Com isso, a moto ficou ágil para rodar no trânsito e fácil de manobrar. O assento a 835 mm do solo não é dos mais baixos. Mas as suspensões são macias e, ao montar na moto, é fácil colocar os pés no chão – até para quem mede 1,70 m.

5 – Freios ABS – Os discos em ambas as rodas são mordidos por pinças ByBre, uma divisão da Brembo na Índia. Proporcionam frenagens precisas e seguras, ainda mais com ABS de série. O sistema também pode ser desligado para andar na terra, funcionalidade que não costuma estar disponível em motos desse porte.

6 – Suspensões e rodas – O conjunto tem garfo invertido na dianteira e balança de alumínio monoamortecida com regulagem na pré-carga da mola. O curso de ambas é de 180 mm com bom acerto: o suficiente para enfrentar buracos e lombadas no asfalto e encarar uma estradinha de terra. O desempenho no off-road é prejudicado pelas rodas de liga-leve e pneus. Além do aro 19 na dianteira, a medida do pneu é bem larga (110 mm) fazendo com que a moto escorregue demais, principalmente em trechos com pedrinhas e cascalho.

7 – Banco e posição de pilotagem – O assento em dois níveis é macio e tem bom espaço para o piloto e, aparentemente, para a garupa também. A posição de pilotagem é ereta, com os braços abertos, típica das trails e o pequeno para-brisa ajuda a desviar o vento. Rodamos cerca de 250 km e não me cansei. Para rodar na terra, as borrachas das pedaleiras podem ser retiradas para melhorar o apoio da bota. Mas o guidão é muito baixo e pilotar a 310 GS em pé por muito tempo cansa e a posição não é ideal.

8 – Painel digital com computador de bordo – A tela digital lembra bastante a das antigas BMW maiores. Tem velocímetro de fácil leitura, mas um conta-giros por barras mais difícil de enxergar. À noite, uma luz azul de fundo melhora a visualização. As informações são bem completas: marcador de combustível, marcha engatada, relógio e luzes de advertência. Um simples computador de bordo indica o consumo médio, consumo instantâneo, autonomia e temperatura do motor.

9 – Consumo de 24 km/litro – O painel indicou consumo médio de 4,2 km / 100 litros, no padrão europeu, mas o engenheiro da BMW garantiu que isso pode ser alterado para nossos 23,8 km/litro na entrega da moto. Com tampa articulada no bocal e capacidade para 11 litros, o tanque oferece autonomia de 250 km. Pouca para quem quer rodar no deserto do Atacama, mas o suficiente para viagens mais curtas.

10 – Preço de R$ 24.900 e revisões a cada 10.000 km – O preço sugerido é o principal alvo de críticas. Entretanto, coloca a G 310 GS em igualdade com a Kawasaki Versys X-300 ABS, cotada a R$ 24.990, mas perto demais da Honda CB 500X e seus 50 cv, vendida por R$ 25.900. Vale lembrar que os preços não incluem frete. A versão GS deve ter o mesmo plano de revisão a preço fixo e troca de óleo a cada 10.000 km da G 310R: R$ 375 para a primeira, a segunda e a quarta; e R$ 665 para a terceira e a quinta. A garantia é de dois anos.

FICHA TÉCNICA

BMW G 310GS

Motor Monocilíndrico, 4 válvulas, comando duplo no cabeçote e arrefecimento líquido

Capacidade cúbica 313 cm³,

Diâmetro x curso 80 mm x 62,1 mm

Taxa de compressão 10,6:1

Potência máxima 34 cv a 9.500 rpm

Torque máximo 2,85 kgf.m a 7.500 rpm

Câmbio Seis marchas

Transmissão final Corrente

Alimentação Injeção eletrônica

Partida Elétrica

Quadro Tubular em aço

Suspensão dianteira Garfo telescópico invertido com 41 mm de diâmetro e 180 mm de curso

Suspensão traseira Monoamortecedor com 180 mm de curso e ajuste na pré-carga da mola

Freio dianteiro Disco simples de 300 mm de diâmetro, com pinça de fixação radial de quatro pistões e ABS

Freio traseiro Disco simples de 240 mm de diâmetro com pinça flutuante de dois pistões e ABS

Rodas e Pneus 110/80 R 19 (Diant.) e 150/70 R 17 (Tras.)

Comprimento 2.075 mm

Largura 880 mm

Altura Não informada

Distância entre-eixos 1.420 mm

Altura do assento 835 mm

Peso em ordem de marcha 169,5 kg

Tanque de combustível 11 litros

Cores Branca, cinza e vermelha

Preço público sugerido R$ 24.900

Notícias relacionadas

Lançamentos de Motos Aguardados em 2024

Parceria Estratégica entre PETRONAS e Harley-Davidson para Fornecimento de Lubrificantes de Motor

TRIUMPH Lança nova TIGER 1200 2024 no Brasil por R$ 88.990

Embratur participa de evento em Roma para atrair italianos amantes de mototurismo e road trips ao Brasil

BMW R 1300 GS: Sucesso de Vendas com Pré-Venda Esgotada em Apenas 3 Dias

Revelação dos Preços e Detalhes da Nova BMW R 1300 GS no Mercado Brasileiro

Motul Atualiza Rótulos dos Lubrificantes para Motos Produzidos no Brasil

Nova BMW F 900 GS: Produção Nacional no Brasil a Partir de Julho

Triumph Tiger 1200 2024: Inovação e Conforto em uma Aventureira Poderosa

A História Fascinante da Primeira Motocicleta: Uma Invenção que Revolucionou a Mobilidade

Mototour - Seu portal em duas rodas, Motos, Encontros de Motociclistas, Moto Clube e muito mais...

Todos os Direitos Reservados