Aumento do IPI afetará motos de até 50 cm³, diz Fenabrave

Após o governo brasileiro aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de motocicletas por meio de decreto para 35%, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou que a medida atingirá, principalmente, motos de até 50 cm³ importadas ou produzidas fora da Zona Franca de Manaus.

"Existe um volume enorme nas motos de até 50 cm³ que são independentes, fabricadas na Ásia. O objetivo dessa medida foi atingir esses produtos", destacou Flávio Meneghetti, presidente da entidade. A nova alíquota passa a valer em 1º de setembro.

Segundo a Fenabrave, 150 mil motos é o tamanho deste mercado e a alíquota para esta cilindrada era de 15%. "Grande parte são os ciclomotores, que não são emplacados e são vendidos, na maioria, no Norte e Nordeste do país", disse Meneghetti durante coletiva nesta terça-feira (5). Para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a medida é um modo de incentivar a indústria nacional.

Como 90% das motocicletas comercializadas no mercado nacional são fabricadas no Polo Industrial de Manaus, segundo a Abraciclo, a maior parte dos modelo não será atingido, já que as montadoras fixadas em Manaus tem isenção do IPI. "Essa medida está regulando o mercado, pois teremos uma condição de competitividade maior com os importados", disse o diretor executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves.

Motos de alta cilindrada

Dentre as motos de alta cilindrada, mesmo aquelas que são importadas, não serão atingidas pela medida. Como os modelo de motores grandes já possuem IPI de 35%, a base será mantida. De acordo com a Abraciclo, ainda é cedo para avaliar possível alterações nos valores das motos.