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Paixão pelas motos atravessa geração e une pai e filhos (Foto: Divulgação)

Seção Especial

Filho (a) de motociclista... Motociclista é

A paixão pelas motos passa de geração para geração e une pais e filhos, seja na garupa, na estrada e até na pista!


Arthur Caldeira/ Agência INFOMOTO

Agência Infomoto

12/08/2016 10h09

O dito popular “Filho de peixe... Peixinho é” pode muito bem ser aplicado ao motociclismo. Pois muitos filhos e filhas herdaram de seus pais a paixão pelas duas rodas. Afinal, quando crianças sempre presenciaram o paizão se preparando para andar de moto e ficam encantados com o ronco das máquinas.

Enquanto alguns pais têm pavor de imaginar seu filho, ou filha, pilotando uma motocicleta, outros assumem o papel de educador e incentivam os filhos a começarem a pilotar uma moto, levando para passeios na garupa ou dando as primeiras dicas na condução, e até mesmo, entrando na pista. Conheça algumas histórias de pais e filhos motociclistas.

Companheiro de aventuras

Embora Lucca Wolff Pimenta tenha apenas 17 anos, o paizão Valdir Pimenta Jr., mais conhecido como Jr. Pimenta, não vê a hora de o filho tirar a carta e acompanhá-lo nas viagens de moto que costuma fazer no Brasil e no exterior. “Incentivo muito e quero que ele venha a ser meu parceiro de passeios. Eu, mais do que ele, quero que tire carta de moto! Será um imenso prazer fazer os passeios com ele junto, tocando sua própria moto”, revela o administrador de 47 anos.

Mas enquanto esse dia não chega, Lucca já rodou muito na garupa da BMW R 1200GS Adventure do pai, aventureiro experiente que já viajou de moto em muitos países da América do Sul e Europa. “A primeira grande viagem do Lucca comigo foi para Assunção, no Paraguai. Rodamos 700 km no primeiro dia e outros 1.000 km no segundo. Ficamos dois dias lá e voltamos. Ele adorou e se mostrou um excelente companheiro de viagem”, lembra o pai coruja.

A partir de então, as viagens com o filho na garupa não pararam mais. “Faço passeios todo final de semana. Também adoro acampar de moto e já fomos para o Parque Nacional do Itatiaia algumas vezes, pois eu costumava praticar alpinismo”, relembra.

Para Jr. Pimenta, a moto ajuda e muito na sua relação com o filho. “A moto exige absoluta confiança entre piloto e garupa. E fazer isso com o filho é fantástico, porque naturalmente já existe uma relação de confiança do filho para com o pai, mas na moto essa relação aumenta. Porque, mesmo que ele seja criança, é preciso explicar pra ele que não pode ficar chacoalhando lá atrás, ensina que é preciso inclinar para o mesmo lado nas curvas... E aí é que a está a diferença: a princípio, todo filho obedece, mas confiar cegamente faz uma diferença impressionante, faz a relação ficar mais duradoura e muito prazerosa, não apenas aquela relação normal entre pai e filho”.

Mas o sonho mesmo é poder um dia fazer uma grande viagem, com a esposa na garupa e o Lucca acompanhando em sua moto. “Uma aventura grande mesmo, rodar seis meses toda a Europa ou os Estados unidos. Na verdade, já tenho esta viagem pronta: roteiro, paradas, tudo...” Agora só falta o filho Lucca tirar a carta.

Paixão que atravessa gerações

Até hoje, aos 54 anos, o servidor público Alexandre Fagundes lembra-se do dia em que o pai militar o levou ainda criança para uma apresentação dos pilotos do exército com suas motos Harley-Davidson. “Andei na garupa de uma das motos e, passei a vida sonhando em ter uma Harley”, diz ele. O sonho de Alexandre foi realizado em 2012, quando após tantas outras motos, comprou a sua própria H-D. Mas a paixão pelo motociclismo e pela marca norte-americana acabou contaminando o filho, Érick.

“Quando ele tinha 10 anos, eu comprei uma Honda Biz e voltei a andar de moto. Ele quis aprender e dava umas voltas no condomínio fechado em que morávamos”, relembra o pai, todo orgulhoso. Atualmente, Érick tem 21 anos e sempre que pode pega “emprestada” a Harley-Davidson Softail Deluxe da mãe, Denise, para ir às aulas de engenharia eletrônica na Universidade de Brasília.

“Ela não gosta muito que ele ande de moto no trânsito todo dia, mas não tem jeito. O Érick gosta e já está guardando dinheiro para comprar a sua Harley. Ele gostava da V-Rod, mas agora mudou de ideia e quer uma Fat Boy”, conta o pai satisfeito, já que como harleiro tradicional acha que o motor Revolution da V-Rod não tem muito a ver com a marca. A paixão por motos e pela H-D levou Alexandre a se tornar o diretor da divisão de Brasília (DF) do Harley Owners Group, o HOG, grupo de proprietários da Harley, neste ano. “Eu nem ando de carro. Vou e volto do trabalhar com minha Ultra Limited todo dia. Às vezes até faço um caminho mais longo para não pegar trânsito e rodar com tranquilidade”, afirma Fagundes que, além de contaminar o filho com o “vírus” do motociclismo, ensina também a pilotar com prudência e sem pressa. “O Érick fez o curso de mecânica básica e também já fez alguns módulos dos cursos de pilotagem da Harley”, conta o pai orgulhoso.

Parceiros de pista

Desde jovem Marco Bueno andava de moto, mas estava há um bom tempo distante do motociclismo. Até que o filho Felipe fez renascer a paixão do empresário pelas duas rodas. “Ele sempre gostou de moto e há cerca de cinco anos comprou uma Kawasaki Z 750 e me trouxe de volta ao guidão”, relembra o pai, hoje com 60 anos. Empolgado em voltar a pilotar, Marco comprou a moto do filho, que trocou a naked japonesa pela superesportiva inglesa Triumph Daytona 675.

“A gente sempre fazia uns passeios nas estradas e o pessoal abusava. Sempre acontecia alguma coisa, alguns amigos sofreram acidentes e aí eu falei para o meu filho: ‘vamos andar em uma pista para sentir como é’”, conta o experiente pai-motociclista. Felipe, 33 anos, topou e pegou gosto pela coisa, assim como Marco.

“No começo a gente ia andar em um kartódromo lá em Registro (SP). Depois percebemos que tínhamos muito a aprender e fomos fazer um curso de pilotagem juntos. Já fizemos diversos outros”, relembra. A parceria entre pai e filho na pista já rendeu trackdays em diversas pistas: Piracicaba, Velocittá, Fazenda Capuava e até Interlagos.

“A gente até vendeu nossas motos e compramos uma Kawasaki ZX-6R e a preparamos só para andar na pista”, explica Marco, ressaltando que o lugar de acelerar para valer é mesmo em circuitos fechados e não nas ruas e estradas. Questionado se não tem medo de o Felipe acelerar na pista, o pai diz: “Ele fica mais preocupado comigo do que eu com ele. Tenho aquela preocupação normal de pai, mas confio nele e na moto”, revela. “Mas o Felipe está andando bem, fez clínicas e está fazendo 1min 49seg com uma moto 600cc em Interlagos”, conta o pai todo orgulhoso do rápido parceiro de pista e da vida.

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