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Kawasaki z 650 2017 chega às lojas na segunda quinzena de junho com preço de R$ 32.990 já com ABS Divulgação (Foto: Divulgação )

Novidade

Nova Kawasaki Z 650 tem visual radical, mas desempenho dócil

Por R$ 32.990, naked média aposenta ER-6n com visual mais agressivo, peso menor, mas a mesma proposta racional


Agência INFOMOTO

23/05/2017 13h12

Com um motor bicilíndrico bastante elástico, fácil de pilotar e um visual nada convencional, a (agora) aposentada Kawasaki ER-6n naked média conquistava quem buscava uma moto racional para o uso diário. Mesmo com o sucesso do modelo em todo o mundo desde seu lançamento em 2009, a fábrica japonesa decidiu reinventá-la. Assim nasceu a nova Z 650, apresentada no Salão de Milão no ano passado e que agora desembarca no Brasil com preço sugerido de R$ 32.990, já com freios ABS.

A nomenclatura da nova naked média pode enganar: a família Z, criada em 1972, sempre foi formada por modelos top de linha com “pegada” mais esportiva. A Z 650 2017 segue parcialmente essa receita: seu visual é mais agressivo, repleto de linhas angulosas, que remetem às nakeds mais potentes como Z 800 e Z 1000.

Cordeiro em pele de lobo

Entretanto, por baixo do design “invocado” da Z 650, há um bicilíndrico de 649 cm³, com refrigeração líquida, DOHC como havia na ER-6n. Mas não se engane: o motor é diferente do anterior até mesmo por fora, já que perdeu as aletas externas. Internamente, ganhou um novo eixo de comando, com ressaltos que deixam as oito válvulas abertas por mais tempo. A central eletrônica também foi reprogramada,

Com isso, a Kawa consegui que o motor oferecesse ainda mais torque em uma rotação menor: máximo de 6,7 kgf.m a 6.500 rpm. Na prática, os giros crescem mais rapidamente e as repostas são mais instantâneas entre 3.000 e 6.500 rpm.

Por outro lado, a marca precisou reduzir a potência para 68 cv a 8.000 rpm. Tudo para atender às novas normas anti-poluição Euro IV. O desempenho é mais que suficiente para uma naked urbana, que se propõe a ser uma boa opção para motociclistas iniciantes. Mas o incisivo torque em baixos e médios regimes seguramente irá divertir até mesmo os mais experientes.

Outra novidade bem-vinda é a embreagem assistida e deslizante. O resultado é um manete de acionamento macio para engatar as marchas no câmbio de seis velocidades dessa Kawasaki. O painel redesenhado agora é completamente digital e ganhou um indicador de marcha – item muito útil em um bicilíndrico “torcudo” como este. Com uma extensa faixa útil no motor, era comum tentar engatar uma “sétima” marcha ou rodar em quinta na antiga ER-6n.

Mais esbelta

Se de longe a Z 650 é uma moto completamente nova, ao montar as diferenças para a extinta ER-6n ficam ainda mais evidentes. O assento é mais baixo (790 mm) e as pedaleiras posicionadas mais à frente fazem com que seja preciso dobrar menos os joelhos.

Ao “abraçar” o tanque com as pernas nota-se que a nova Z 650 é mais estreita. O tanque tem novo formato e perdeu 1 litro de capacidade. Agora são apenas 15 litros, mas a Kawasaki garante que o novo motor consome menos e uma coisa compensa a outra. Como neste primeiro contato não foi possível realizar medições, temos de confiar na média de 25 km/litro indicada pelo computador de bordo que existe no painel.

Mas se a potência do motor caiu 4 cv, o peso em ordem de marcha foi reduzido em 19 kg – a Z 650 pesa 187 kg enquanto a ER-6n pesava 206 kg. O regime da nova Z 650 começou pelo inédito quadro em treliça, que pesa apenas 15 kg, e passou também pela balança traseira em alumínio.

Além de ser quase 5 kg mais leve que a anterior, a nova balança traz um amortecedor central, fixado por links. A solução convencional proporciona amortecimento mais progressivo do que o antigo amortecedor lateral, marca registrada da ER-6n. Na dianteira, o mesmo garfo telescópico convencional com tubos de 41 mm.

As pinças do freio dianteiro com discos duplos também foram trocadas por novas da marca Nissin, que são ariscas demais para o baixo peso da Z 650. Na traseira, disco simples de 220 mm com pinça de pistão único. Os discos mantiveram o formato de pétala e agora só vêm com o sistema ABS.

Mercado

Neste primeiro contato rodamos cerca de 50 km com a nova naked média da Kawasaki. A Z 650 manteve a proposta racional da ER-6n, porém com um visual mais emocionante. Além de trazer melhorias significativas, como a posição de pilotagem mais confortável e o peso reduzido. E o útil indicador de marcha! Ou seja, manteve-se como uma boa opção para quem busca uma moto fácil de pilotar, dócil e que possa ser usada no dia-a-dia.

Disponível em três cores – branca, preta e verde – a Z 650 chega às concessionárias da marca na segunda quinzena de junho. Será vendida apenas na versão com ABS por R$ 32.990. Valor condizente com as concorrentes na mesma categoria, como a Yamaha MT-07 ABS, cotada a R$ 31.690; e a nova Suzuki SV 650, vendida por R$ 32.473.

FICHA TÉCNICA

Kawasaki Z 650 ABS

Motor Dois cilindros paralelos, quatro válvulas por cilindro, duplo comando de válvulas no cabeçote e refrigeração líquida

Capacidade cúbica 649 cm³

Diâmetro x curso 83,0 x 60,0 mm

Taxa de compressão 10,8:1

Potência máxima 68 cv a 8.000 rpm

Torque máximo 6,7 kgf.m a 6.500 rpm

Câmbio Seis marchas

Transmissão final Corrente

Alimentação Injeção eletrônica

Partida Elétrica

Quadro Treliça em aço

Suspensão dianteira Garfo telescópico de 41 mm de diâmetro com 125 mm de curso

Suspensão traseira Monoamortecedor fixado por links com ajuste na pré-carga da mola e 130 mm de curso

Freio dianteiro Disco duplo semi-flutuante em formato margarida com 300 mm de diâmetro e pinça de dois pistões

Freio traseiro Disco simples em formato margarida com 220 mm de diâmetro e pinça de um pistão

Pneus 120/70-ZR17 (diant.)/ 160/60-ZR17 (tras.)

Comprimento 2.055 mm

Largura 775 mm

Altura 1.080 mm

Distância entre-eixos 1.410 mm

Distância do solo 130 mm

Altura do assento 790 mm

Peso em ordem de marcha 187 kg

Tanque de combustível 15 litros

Cores Branca, preta e verde

Preço sugerido R$ 32.990

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