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Nova Yamaha Fazer 250 fica mais esportiva e moderna

Da geração anterior restou apenas o motor de um cilindro, que ganhou 0,6 cv. Quadro, suspensões, freios e design são completamente novos. O preço subiu para R$ 14.990 com ABS de série


Arhur Caldeira

Infomoto

16/11/2017 17h45

Principal lançamento da Yamaha no Salão Duas Rodas deste ano, a Yamaha Fazer 250 ABS 2018 é completamente nova. Exceto pelo conhecido motor de um cilindro e 250 cm³, que ganhou 0,6 cavalos de potência; quadro, suspensões, freios e o visual foram renovados. Vendida apenas com freios ABS, o preço da nova Fazer 250 subiu R$ 1.000: R$ 14.990 com garantia de quatro anos.

Fruto de um projeto global, conduzido pelos departamentos de engenharia da Yamaha no Brasil, Índia e Japão, a nova Fazer 250 ABS recebe este nome apenas em nosso mercado. No restante do mundo, a moto é conhecida como FZ 25. Outra diferença do modelo “brasileiro” é o motor bicombustível, que pode ser alimentado com etanol e gasolina.

Outra moto

À primeira vista não dá para confundir a nova com a antiga Fazer. O design, “musculoso” na dianteira, e o pneu traseiro mais largo - na medida 140/70-17 - conferem um ar de moto maior ao modelo de 250cc. O banco, agora em dois níveis, remete à naked de 600 cc da marca, a XJ6. Lanterna e farol usam LEDs e são uma exclusividade no segmento de 250cc.

A modernidade aparece também no novo painel digital, que ficou mais completo. Além do velocímetro, conta-giros e hodômetros, traz consumo instantâneo e médio, além do relógio. E aqui vai uma crítica: as horas não são fixas no painel como no modelo anterior, ou se enxerga o relógio, ou o consumo...

Mas não se engane, não foi apenas a “casca” que mudou. A Yamaha adotou um inédito quadro em aço do tipo Diamond, ou seja, com o motor fazendo parte da estrutura, ao invés do antigo berço duplo.

As suspensões também foram aprimoradas. O garfo dianteiro ficou mais robusto, com tubos de 41 mm de diâmetro (antes tinham 37 mm), e o curso aumentou para 130 mm. O monoamortecedor é fixado diretamente na nova balança traseira, abandonando o sistema de links.

Motor respira melhor

Embora seja o mesmo mecanicamente, o motor respira melhor na nova Yamaha 250cc, graças à maior caixa de ar. Com isso, o monocilíndrico de 249,5 cm³, comando simples no cabeçote e refrigeração mista com radiador de óleo, ganhou 0,6 cavalos de potência: produz 21,3 cv (21,6 cv com etanol) nos mesmos 8.000 giros. O torque também aumentou um “pouquinho”: dos antigos 2,09 kgf.m passou para 2,1 kgf.m na mesma faixa de rotação, 6.500 rpm.

Segundo Henrique Tunis, instrutor técnico da Yamaha, a central eletrônica (ECU) ficou mais rápida para controlar a ignição e a injeção eletrônica, agora com bico de 10 orifícios, como nas motos maiores.

“A alimentação está mais precisa e, apesar do desempenho melhor, o consumo do novo modelo é menor”, afirma Tunis. A compacta ponteira de escapamento também contribuiu para o melhor fluxo de gases no modelo. E ajudou na redução de peso da Fazer 250 2018, que ficou 4 kg mais leve: são 149 kg em ordem de marcha.

A capacidade do tanque de combustível foi reduzida. Dos antigos 18,5 litros caiu para 14 litros (3,2 de reserva). Por outro lado, na nova Fazer 250 três peças plásticas cobrem o reservatório, como acontece na MT-03. Na prática, isso significa menor custo de manutenção, pois em caso de queda não será preciso trocar todo o tanque, mas apenas a carenagem danificada.

Primeiras impressões

Depois de uma aula técnica sobre a nova Fazer 250 ABS, era hora de rodar nas estradas da Serra da Mantiqueira, na região de Campos do Jordão (SP), para ver como as mudanças funcionavam na prática.

Ao subir na moto, já se percebe que a posição de pilotagem mudou. A altura do banco diminuiu (de 80,5 cm para 79 cm). As pedaleiras foram recuadas e o formato do novo tanque permite um encaixe melhor das pernas. Embora os joelhos fiquem mais dobrados do que na antiga Fazer, o tronco se mantém ereto por conta do guidão mais alto e largo. A posição traz uma pitada de esportividade, mas sem prejudicar tanto o conforto.

Ao dar partida no motor, o ronco da nova ponteira se mostra mais encorpado e empolgante, o que instiga a acelerar. A coroa ganhou um dente, melhorando a arrancada. O motor manteve o bom desempenho em baixas e médias rotações, com torque suficiente para rodar a 4.000 giros em terceira ou quarta marcha, sem ter que ficar usando o câmbio de cinco velocidades a toda hora.

Apesar da relação mais curta, a velocidade final manteve-se igual, graças ao pequeno ganho de potência da nova Fazer. Cheguei a 143 km/h, indicados no painel, praticamente a mesma do antigo modelo.

O desempenho do conjunto motriz (motor e câmbio) da nova 250cc da Yamaha não mudou tanto, mas a ciclística impressionou. As suspensões estão mais firmes, porém o curso maior na dianteira e a mola progressiva na traseira absorvem bem lombadas e buracos.

Em uma estrada repleta de curvas, a nova geometria do quadro, com ângulo de cáster reduzido de 26,30° para 24,30°, deixou a nova Fazer mais obediente nas entradas de curva – e o largo pneu traseiro parece não ter prejudicado sua agilidade.

Em geral, o conjunto ganhou esportividade: rápido para contornar curvas e estável em alta velocidade. Os freios – com novos discos de mesmo diâmetro nas duas rodas – ficam devendo aquela “mordida” instantânea de modelos mais caros, mas param a moto street com segurança. O sistema ABS de dois canais só atuou mesmo quando exagerei de propósito.

Menos utilitária

O primeiro contato com a nova Yamaha Fazer 250 ABS foi positivo. Rodamos cerca de 120 km em rodovias de mão dupla e atravessando pequenas cidades, com algumas lombadas. O consumo, indicado no painel, ficou na casa dos 33 km/litro, marca melhor do que no modelo anterior, mas ainda teremos de fazer uma medição mais criteriosa.

A ciclística reformulada deixou a nova Fazer, ou FZ 25, como ela é chamada em outros mercados, mais esportiva. Bom para se divertir no final de semana e, o melhor, sem prejudicar sua agilidade no uso urbano. Entretanto, a nova posição de pilotagem é mais cansativa do que a antiga. O banco e as suspensões perderam parte da maciez, característica da “velha” Fazer. Ao final do trajeto, joelhos e tornozelos reclamaram um pouco.

No geral, a Fazer 250 ABS 2018 deixou de ser uma moto utilitária como a anterior. Ganhou apelo esportivo e se aproximou da MT-03. “Agora, ela está mais para uma caçula das nakeds grandes, do que uma evolução da Fazer 150”, acredita Ricardo Susini, diretor comercial da Yamaha.

Com a reformulação completa, o novo modelo vai disputar mercado com a Honda CB Twister, lançada há dois anos. “Esperamos chegar a 40% das vendas no segmento”, afirma Hélio Ninomyia, gerente de marketing da Yamaha.

Com visual mais atraente e nova tecnologia, a Fazer 250 ABS terá quatro opções de cores: azul metálico, branco metálico, preto sólido e vermelho fosco. Terá revisões com preço fixo e garantia de quatro anos para enfrentar o modelo de 250cc da Honda. O preço sugerido pela Yamaha, sem frete, é de R$ 14.990, bastante competitivo perante aos R$ 15.640, pedidos pela Twister com ABS.

FICHA TÉCNICA

Yamaha Fazer 250 ABS 2018

Motor Monocilíndrico, 249,5 cm³, SOHC, duas válvulas, refrigeração a ar com radiador de óleo

Diâmetro x curso 74,0 x 58,0 mm

Taxa de compressão 9.8: 1

Potência máxima 21,3 cv a 8.000 rpm (gasolina) / 21,5 cv (etanol)

Torque máximo 2,1 kgf.m a 6.500 rpm (gasolina e etanol)

Câmbio Cinco marchas

Transmissão final por corrente

Alimentação Injeção eletrônica.

Quadro Diamond em aço

Suspensão dianteira Garfo telescópico de 41 mm de diâmetro com 130 mm de curso

Suspensão traseira Amortecedor fixado na balança com 120 mm de curso e ajuste na pré-carga da mola

Freio dianteiro Disco de 282 mm de diâmetro com ABS

Freio traseiro Disco de 220 mm de diâmetro com ABS

Pneus Pirelli Sport Demon 100/80-17 (diant.) / 140/70-17 (tras.)

Comprimento 2.015 mm

Largura 770 mm

Altura 1.070 mm

Entre Eixos 1.360 mm

Altura Mínima do Solo 160 mm

Altura do assento 790 mm

Tanque 14 litros (3,2 l na reserva).

Peso em ordem de marcha 149 kg

Preço sugerido R$ 14.990 (sem frete)

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